Thursday, May 31, 2007

Dama da Noite

Eu quero a carne cortada, eu quero amores loucos, eu quero porres homéricos, eu quero perder-me na noite, eu quero ser filha da noite, eu quero ser a dama da noite, eu quero sair sem rumo, eu quero chorar lágrimas de sangue, eu quero gozos profundos, eu quero tomar banho de mar sob a luz da lua, nua.

Quero fazer samba e amor até mais tarde, eu quero rodopiar no salão, eu quero palavrões e juras de amor, eu quero enlouquecer, eu quero mesa de bar, eu quero as ruas sujas da Lapa, eu quero ressacas, eu quero perder o domínio, eu quero beijos arrebatadores, eu quero perder o juízo, eu quero carnavais eternos, eu quero a solidão, eu quero ser minha, só minha.

Troco estabilidade por intensidade... quero o frio ou o quente; e o que for morno, eu vomito. Eu quero ser Elis Regina, Leila Diniz, Clarice Lispector. Todas elas. Quero ser a Lily Braun e de close em close, ir perdendo a pose... Quero um amor composto por Tom Jobim, quero ser descrita por Chico Buarque. Eu quero ser música. Poesia. Musa.

"Eu vos digo: é preciso ter ainda caos dentro de si, para poder dar à luz uma estrela dançante."

Eu quero ser o caos. "




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Srta Rosa na área novamente, rs.

Sunday, May 27, 2007

O pulo.

Vou pular do meu trampolim mais alto para cair na sua piscina.
Vou me quebrar todinha, porque ela é bem rasa e não tem água.


(mas juro que os segundos entre largar o trampolim e dar de cara com o nada são aquelas cores nunca vistas antes e nem depois).

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Sunday, May 13, 2007

au revoir, mon amour. amour?

Tchau.
(aqui eu coloquei o restinho que ainda batia acelerado por você. Porque sabemos que não ia dar certo e que o melhor é não combinar boas conversas que terminarão em mais que grandes abraços)

Adeus.
(aqui eu coloquei as não mais futuras vezes que vou ficar boba com seu sorriso grande. Porque sabemos que essa estórias de sorrir pro outro perto do banquinho de concreto é uma grande furada.)

E não vou dizer “Até”. Porque se digo, volto a sentir tudo de novo. E, convenhamos, você já se divertiu muito com isso. Agora, my friend, é a minha vez.




ps: e eu enjooei dessa tematica.

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Wednesday, May 09, 2007

Te lo agradezco, pero no.

Enquanto ela está toda bela e produzida com aquele preto lindo da fenda fatal, ele lá sentado e boêmio. E ela sabe a letra da música decorara, na ponta da língua. Sabe que no final, ele a mandará ir ao vazio. Ainda vai agradecer pelos momentos, mas não. Não vai dar.

“Tengo conciencia del daño que te hicepero al mismo tiempo no me siento responsablede lo que pudiste...pensar que fue coraje, no fue nada más que miedo”

Cantou a moça, coitada. Coitada nada, que tirou uma arma da fenda – enquanto isso ele se divertia ao girá-la em seus braços. E ele que ia agradecer, agora sangrava. O tiro foi só no coração, o dela desprezado.
E foi assim que se vingou, antes de virar uma Bond Niña – porque qualquer latina que se preze, não viraria Bond Girl.

Tinha todos os requisitos: bonita, sexy, vestido preto com a fenda fatal, um cafajeste, a quase morte dele, o cabelão para jogar pros lados e, sem dúvida, agilidade e inteligência. Não é a toa que desde pequena brincava de ser contorcionista e ganhava TODAS as partidas de War.

Virou uma das melhores agentes secretas. Dia desses, soube que ele morreu de morte matada. Em seu túmulo o verso “te lo agradezco, pero no” brilha em dourado. Foi visitar e uma moça colocava flores. Antes de voltar para sua mansão na Califórnia, matriculou-se nas aulas de salsa.