Sunday, October 21, 2007

Marvadeza

Vejamos dear Watson,

Nessa manhã cinzenta bem parisiense (tirando a torre que não está por perto), elas não entendem, elas interpretam tudo errado. E se eu não lhes quero contar, é porque julgo ser desnecessário. Por que é difícil entender que, se eu sempre fui uma criança quieta que não saía contando tudo o que pensava, seria um adulto bem resolvido, aberto e conversador?
Fora de mim, falo superficialmente, sinto superficialmente e demonstro superficialmente. Sempre foi assim, você sabe disso. Já nasci trancada. Nem tenho idéia do que me protejo e essa atitude não me fazia mal.

Agora, só me rasga tudo e não me deixa concentrar porque parece que todos os barulhos do mundo resolveram se manifestar somente aqui. Furadeira, IPod, garfo, faca, pássaro, sol escondido, porta, bicicleta, carros, carros, carros, cozinha a pleno vapor, moedas, chaves, plantas, conversa e um coração apertadíssimo e pequenino.

Despedaçado, dolorido e que causa dor. Malvado feito a pinga que derruba e que deixa a maldita dor de cabeça da ressaca e do porre que ainda não tive.

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