Pequenina
E então ela ficou toda pequenina, diminuiu logo – antes que ele percebesse. A areia já era bem maior que ela e podia brincar de roda com elétrons. Foi aí que, na pequenez, ele a encontrou. Ah, não! Teve medo, teve medo. Medo, enorme.
Enquanto ele a examinava por sua lupa que conta a verdade, ela crescia. Ainda continuava menor que ele. Ah, a chama se fez. Ela temia os raios solares e agora queimava. Teve vontade de gritar, mas ela mesma era um grito.
Ela era o grito, o pedido, a súplica. Ela era a verdade. Ela era a verdade e nela estavam tatuadas com caneta azul todo sentimento. Daquela vez, o autor não a jogara na gaveta, no escuro, no olvido forçado.
Amassou-a, triste. Ele não a entregaria, porém a achou ali. ‘Melhor que vire cinzas’. Ela, tão pequena, virou. Ela era a frase, o ‘eu te amo’, que queimou. Queimou, faleceu e desapareceu. Bem pequenina.
Enquanto ele a examinava por sua lupa que conta a verdade, ela crescia. Ainda continuava menor que ele. Ah, a chama se fez. Ela temia os raios solares e agora queimava. Teve vontade de gritar, mas ela mesma era um grito.
Ela era o grito, o pedido, a súplica. Ela era a verdade. Ela era a verdade e nela estavam tatuadas com caneta azul todo sentimento. Daquela vez, o autor não a jogara na gaveta, no escuro, no olvido forçado.
Amassou-a, triste. Ele não a entregaria, porém a achou ali. ‘Melhor que vire cinzas’. Ela, tão pequena, virou. Ela era a frase, o ‘eu te amo’, que queimou. Queimou, faleceu e desapareceu. Bem pequenina.