Tempo

Dear Watson,

um mês atrás, sete dias para frente. Dezesseis dias correndo, seis meses prorrogáveis. E as risadas de sorvete, onde ficam? Ficam entre a academia e a porta de casa enquanto o frio bate e eu respondo com Al Green.

Final com trilha sonora

Dear Watson,

a minha vida tem trilha sonora (faixa atual: how can you mend a broken heart - michael bublé). Eu me afogo nela e por mais que finja não ligar para a contagem das minhas costelas e achar que já sabia o final, o final sempre dói e me deixa encucada sem saber porque acontece SEMPRE assim.

D'accord?

Dear Watson,

só digo uma coisa: eu sou legal demais, mas não abusa porque eu perco o encanto fácil, fácil. E se a desculpa ou a tentativa de reparação não forem boas, nem rola. Qualé, mon ami? Qualé? Se achou que a aqui era a casa da mãe Joana, achou errado. Muito errado.

Repito: aqui não é a casa da mãe Joana e a fila anda -- e rápido. Minha cara de legal, meus risos provenientes de cócegas e o meu sinal de vida já estão desaparecendo. A rotação do meu mundo tem pressa e quem dorme no ponto é esquecido e não participa de meus planos. D'accord?

Sabe das coisas

Machado de Assis sempre soube das coisas:

"As Melhores Mulheres pertencem aos homens mais atrevidos. Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo... Os homens não querem alcançar essas boas, porque têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, ELES estão errados... Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar, aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore".

VIver

Dear Watson,

sabe que depois de achar o sentido da vida (que é ser feliz) e descobrir que nasci pra isso, me dei conta de que é necessário vivê-la. Taí uma coisa a ser feita.