Lundi, Lunes, Segunda

Dear Watson,
tá difícil. Primeiro, o fogão perde – já no domingo a tarde. E o resto – leia-se: flamenguistas – coloca o hino do flamengo (com ‘f’ minúsculo mesmo) para tocar sem parar, sem cessar, até que a sensatez venha e acabe com isso.
E você perdeu a aposta, a noite está insuportavelmente chata e o cabelo oleoso. Quando você acha que é tudo para um domingo a noite, ainda vem o “vamos dar uma espiadinha?”, não Bial. Isso, sem contar a tirania progenitora: “eu preciso de uma foto assim, assada, com X e Y desse jeito. Pra ontem, viu?”.
Não. É domingo a noite e eu não estou com vontade de fotografar. Na verdade, só quero sentar, tomar um generoso copo de suco de laranja – o vinho do Porto acabou – e esquecer tudo isso.
Impossível. “E a foto? Cadê? Já tirou?”. Clic. Luz péssima, postura errada, edição ridícula.
Tem como piorar? Oui. Depois do domingo, vem segunda-feira. Essa promete ‘bombar’. Ou melhor, bombardear o meu lado Pollyanna – que, convenhamos, não existe há um bom tempo.
Opções:
- Você é acordada com alarme de celular alheio;
- Para completar a sinfonia, a típica bateção de porta;
- Secador;
- Telefone;
- Obra no vizinho de cima.
Claro que é tudo junto e, só pra lembrar, estão marcando consulta para você no telefone justamente no dia em que você tem mais coisas para fazer. A solução é respirar (?), entrar no banho gelado e demorar até a hora do almoço lá dentro.
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