Tuesday, December 26, 2006

Ela é importante.

É ela que sofre e eu que morro aos poucos. Deus, eu não quero ve-la chorar. Isso me faz tão mal. Juro que se pudesse segurar todos aqueles olhares sem energia e frustrados, ah, daria tudo. Daria minha vida.
Oh. Faço-me dura e sei que erro. Ofereci ombro, colo e calor. Ofertei minha vida. Coloquei-me à disposição e mesmo assim, não. Não foi. Ah, você diz que sabe, mas é ainda muito pequena. Não entende o tamanho do meu amor, não compreende os meus nãos e as minhas olhadelas.
Talvez a culpa de tudo seja minha. Porque acreditei que se parecesse boa, você relaxaria. E agora vejo, infeliz, você deitada e sem vontade de continuar. Lágrimas invisíveis aparecem, o meu coração late, uiva e grita.

Não suporto lhe ver sofrer. Quero a alegria de suas piadas bobas. Quero você como era, quero o seu companheirismo. Quero a sua meiguice de volta e você, completíssima, a ser quem sempre foi.
Recuso sua brutalidade, recuso seus gritos e recuso a sua raiva. Recuso o seu desespero e a sua falta de confiança. Recuso pra você e os tomo para mim. Levo a sua sina e a sua dor, sem problemas. Ver-lhe feliz e a saltar perto de mim.

Deus, ponha o peso em mim. Em mim. Em mim. Em mim. Repito três vezes, em mim. Eu não quero que ela sinta a dor, a fúria. Deixe-me com tudo, eu nem me importo mais.


Ela é importante.

1 Comments:

Blogger Flávio A said...

que triste, marina. que martírio. vc tá falando da sua hermana?

gostei do post da "madurez"

5:31 PM  

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