Canetas e românticos
Pega a caneta, aperta o pino, tic, e vai escrever. E seria só isso, mas nós canetas sabemos que no caso dele é diferente. Sabemos que as curvas e pingos são um esconderijo. Suas mãos nos contaram ontem, pobre jovem. Não vamos descrevê-lo, o lápis que sabe fazê-lo muitíssimo bem (e aqui falamos de canetas).
Ele que risca tanto não sabe que deveria sair e respirar. É que sofrer sozinho em quatro paredes e linhas coube aos românticos, coisa que ele está longe de ser. Diz sentir seu abismo indefinido e torturador. Imergiu, a água não era o frescor das propagandas de pasta de dente e tampouco houve todos aqueles sorrisos. Onde está?
Ficou por lá mesmo.
Mas quando foi se esconder mais uma vez (e explorar as canetas que descansam em sua senzala dentro de um copo colorido) e apertou o pino, tico, a primeira estourou. Sujou o papel, melou tudo. Na verdade, estuporou uma por uma e resolveu se unir a nós. Bateu a cabeça nas folhas imundas de tinta e, tic, explodiu. A partir daí, virou um romântico.
Ele que risca tanto não sabe que deveria sair e respirar. É que sofrer sozinho em quatro paredes e linhas coube aos românticos, coisa que ele está longe de ser. Diz sentir seu abismo indefinido e torturador. Imergiu, a água não era o frescor das propagandas de pasta de dente e tampouco houve todos aqueles sorrisos. Onde está?
Ficou por lá mesmo.
Mas quando foi se esconder mais uma vez (e explorar as canetas que descansam em sua senzala dentro de um copo colorido) e apertou o pino, tico, a primeira estourou. Sujou o papel, melou tudo. Na verdade, estuporou uma por uma e resolveu se unir a nós. Bateu a cabeça nas folhas imundas de tinta e, tic, explodiu. A partir daí, virou um romântico.
2 Comments:
Sempre soube que canetas eram corporativistas...
o mundo será dominado pelas canetas bic.
câmbio, desligo.
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