Thursday, October 12, 2006

Mente mente.

Sentada no banco de plastico do onibus, aguarda o motorista virar a chave e chegar logo a universidade. Quer dizer, nao quer chegar atrasada, pois quem vai mesmo e seu corpo. A mente, come sempre, mente. A mente estaria viajando ou perdida por algum lugar comum -- e seria muita prepotencia designar um lugar especial.
E ele vem.

Sujo. Ducha? Coisa de rico, diria. A mente dele nao mente. A mente dele so esta assim porque o alcool toma conta do corpo. A mente esta presente e o corpo ausente. Ausente de banho, de cuidados. E engracado porque ele faz uns gestos estranhos. Como se seus olhos vissem o incolor. Ou melhor, o seu corpo alcoolizado imprima imagens desconhecidas na sua frente. A mente estava ali, na rodoviaria.




Vruuuum. Tec-toc-tec-toc. O motorista gira a chave.

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